O 26º Campeonato Mundial Feminino da IHF começa com um fantástico card de quatro partidas
A espera finalmente acabou. Após a vitória da Noruega no Campeonato Mundial Feminino de Handebol de 2021, a potência escandinava está pronta para defender seu título na primeira edição do torneio, coorganizado por três países — Dinamarca, Suécia e Noruega.
Depois de 24 anos, o Campeonato Mundial Feminino de Handebol retorna a Stavanger, na Noruega, dando início à Fase Preliminar do Grupo C.
No Grupo G, duas equipes europeias iniciam sua jornada no Dinamarca/Noruega/Suécia 2023 contra representantes da América do Sul e da Ásia. O retorno da Ucrânia ao cenário é contra o Brasil, vencedor do Campeonato Sul e Centro-Americano de Handebol Feminino de 2022, enquanto o favorito do grupo, a Espanha, enfrentará os underdogs do Cazaquistão.
Grupo C
18:00 CET: República da Coreia vs Áustria
Vencer o jogo de abertura é crucial para ambas as equipes manterem vivas suas esperanças de progressão. A Coreia chega à Noruega após uma performance decepcionante nos Jogos Asiáticos, enquanto a Áustria retorna ao Campeonato Mundial pela segunda vez consecutiva, após seu retorno em 2021 na Espanha, após uma pausa de 12 anos.
Sob o comando de Henrik Signell, a Coreia encerrou suas partidas de preparação com uma derrota de 36:19 para a França e uma vitória de 27:21 sobre Camarões. A Áustria, por sua vez, derrotou Portugal (32:20) e Suíça (34:33), mas perdeu para a Romênia (41:35).
As duas equipes se enfrentaram pela última vez em um Campeonato Mundial Feminino da IHF em 2003, quando a Coreia venceu os europeus por 39:34.
20:30 CET: Noruega vs Groenlândia
Em 1999, a Noruega, coanfitriã com a Dinamarca, conquistou seu primeiro ouro e desde então conquistou mais três títulos, incluindo o mais recente na Espanha 2021. Outro ouro fará com que os campeões mundiais e europeus reinantes liderem a tabela histórica com cinco títulos, um a mais que a Rússia (4).
A Groenlândia retorna à ação do campeonato após uma ausência de 22 anos, quando perdeu todos os cinco jogos em 2001 na Itália. Os campeões da Confederação Norte-Americana e do Caribe (NACHC) enfrentam um desafio difícil contra a Noruega, que pode contar com muitos jogadores experientes, apesar de algumas preocupações com lesões.
Esta partida marca o primeiro encontro entre as duas equipes.
Grupo G
18:00 CET: Brasil vs Ucrânia
A Ucrânia está retornando ao Campeonato Mundial Feminino da IHF após uma pausa de 14 anos e está ansiosa para mostrar suas habilidades. A vitória sobre Luxemburgo e Macedônia do Norte tornou seu sonho realidade, mas enfrentam um grupo difícil na fase preliminar.
Os jogadores de Vitaliy Andronov entram em campo contra um Brasil experiente, cujas estrelas ganham experiência em clubes europeus de alto nível, como Bruna de Paula Almeida e a goleira Barbara Arenhart.
Será um desafio para a equipe ucraniana, cujos 50% dos jogadores vêm do clube doméstico Galychanka, e eles terão que lidar com a ausência de sua artilheira, Iryna Glibko. No entanto, jogadores com experiência internacional tentarão ser o motor da equipe.
“Estar aqui foi um dos nossos sonhos. Por 14 anos não tivemos a oportunidade de jogar no campeonato mundial, mas agora podemos. Queremos obter o melhor resultado possível. Esperamos há muito tempo e queremos mostrar o que podemos fazer e mostrar que o handebol na Ucrânia existe mesmo em tempos tão difíceis”, disse a goleira ucraniana Mariia Gladun.
O Brasil tem grandes esperanças e é favorito no grupo, ao lado da Espanha. Especialmente após terminar em sexto na edição de 2021, que foi seu melhor resultado desde que venceu o Campeonato Mundial em 2013. A conquista do sétimo título no Campeonato Sul e Centro-Americano de Handebol Feminino foi um bom impulso, embora tenham enfrentado dificuldades em amistosos contra a Dinamarca, perdendo por uma margem de dois dígitos em ambas as ocasiões.
Esta será a quarta vez que essas duas equipes se encontram no Campeonato Mundial, com cada uma tendo duas vitórias. O encontro mais recente, na Copa do Presidente de 2009, viu a equipe sul-americana vencer a Ucrânia por 36:30.
20:30 CET: Espanha vs Cazaquistão
“Las Guerreras” não são apenas favoritas do grupo, mas também uma das candidatas a medalhas no Dinamarca/Noruega/Suécia 2023. Após ganhar a prata em 2019, ficaram desapontadas em 2021, perdendo ambas as semi-finais e a disputa pelo bronze. No entanto, Ambros Martín terá que lutar para manter o mesmo caminho.
Embora a Espanha tenha uma boa mistura de jogadores experientes e jovens, não garantiu sua vaga no Campeonato Mundial facilmente. A Áustria provou ser uma forte adversária, e a Espanha conseguiu se qualificar apenas após uma vitória de dois gols em casa, avançando com um total de 54:52.
Mas tiveram uma preparação bem estruturada com três amistosos contra os mesmos adversários do grupo. A Espanha venceu a Sérvia e a Argentina (24:28, 26:19), mas perdeu um emocionante jogo contra o Japão (29:31). No entanto, o treinador Martín está otimista antes do início em Frederikshavn, de acordo com rfebm.com. Abrir contra o underdog Cazaquistão será bom para possíveis correções antes dos jogos mais difíceis.
“Fizemos um ótimo trabalho e permanecemos na linha de trabalho que estabelecemos em junho passado. A equipe jogou contra três adversários qualificados para o Campeonato Mundial e foi de menos para mais, tentando corrigir o que poderia estar faltando. Acredito que estamos indo para a Dinamarca preparados para competir contra qualquer um.”
O Cazaquistão terá dificuldade em avançar para a próxima fase. A ausência de duas de suas melhores jogadoras, Irina Alexandrova e Tansholpan Jumadilova, não facilitará a situação, mas ainda esperam conseguir pelo menos uma vitória. Esta é a sua sétima participação no Campeonato Mundial e, até agora, conseguiram vencer apenas em 2009, 2011 e 2021.
Espanha e Cazaquistão não são estranhas uma à outra, pois foram colocadas no mesmo grupo em quatro edições anteriores do torneio — 2009, 2011, 2015 e 2019. A equipe espanhola conquistou vitórias convincentes todas as vezes, com o maior número de gols marcados pelo Cazaquistão sendo 18.