Equipes nacionais brasileiras

A nova estrela do Brasil busca realizar o sonho olímpico

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Enquanto o handebol continua evoluindo e ganhando mais velocidade, algumas equipes ainda produzem alas altas, verdadeiros artilheiros, que podem ser imparáveis em certos momentos. Um desses times é o Brasil, onde o handebol está se tornando cada vez mais popular, com um número crescente de jogadores se transferindo para a Europa, onde estão atuando por suas equipes de clube.

Com 2,02 m de altura e um poderoso arremesso, Bryan Hugo Monte da Silva é um dos próximos a se tornar um dos melhores alas esquerdos do mundo, após o jogador brasileiro de 21 anos ter acelerado sua carreira no último ano e meio.

Em janeiro, ele fez sua estreia em uma competição internacional de grande porte no Campeonato Mundial Masculino da IHF 2023, marcando 17 gols pelo Brasil, que terminou na 17ª posição na classificação. Alguns meses depois, Monte da Silva foi o artilheiro da sua equipe no Campeonato Mundial Júnior da IHF 2023, com 39 gols pelo Brasil, que ficou em 16º lugar.

Seu potencial chamou a atenção do Montpellier HB, uma das potências do handebol europeu, que confiou no ala esquerdo brasileiro, que fez sua estreia na Liga dos Campeões da EHF Masculina nesta temporada, marcando 62 gols, mais do que estrelas como Ludovic Fabregas, Alex Dujshebaev ou Szymon Sicko.

“O handebol sempre foi um esporte que gostei, e tive um pouco de sorte com isso. Comecei a jogar na minha escola na minha cidade natal, depois fui para um clube em São Paulo, o Esporte Clube Pinheiros, e a partir daí minha carreira só melhorou,” disse Monte, após as vitórias do Brasil contra o Bahrein no Torneio de Qualificação Olímpica Masculina #1.

De fato, o imponente ala esquerdo tem sido um sopro de ar fresco para uma experiente seleção brasileira, sendo nomeado o Jogador do Jogo da hummel após a vitória do Brasil por 25 a 24, marcando três gols e fazendo outras três assistências em uma partida crucial, onde a falta de experiência nunca foi percebida em seu jogo.

Após adicionar mais cinco gols na partida contra a Eslovênia, ficou claro que ele está aqui para ficar, estendendo sua sequência de excelente forma demonstrada em nível de clube, onde marcou 10 gols em março contra o Barcelona, em uma improvável vitória de 37 a 34 do Montpellier sobre os gigantes espanhóis na última rodada da fase de grupos da Liga dos Campeões da EHF Masculina.

No entanto, vestir a camisa da seleção nacional significa tudo para Monte, que foi descrito por seu atual treinador de clube, o lendário Patrice Canayer, como “um jogador com muito potencial, que pode ser um dos melhores do mundo.”

Ainda em desenvolvimento, mas com um grande potencial, Monte da Silva pode se tornar um líder para a seleção nacional, mas, por enquanto, ele está centrado e apenas aproveitando a vida como ela é, sendo às vezes o reserva do experiente ala esquerdo Haniel Langaro.

“É uma sensação incrível jogar pelo Brasil, representar o país e vestir esta camisa. É enorme, é um sonho, algo que eu só sonhei na infância, especialmente no esporte que eu gosto tanto. Isso é extremamente importante para mim,” afirma Monte da Silva.

O ala esquerdo do Brasil tornou-se cada vez mais importante no último ano, à medida que o treinador Marcus Oliveira aumentou a responsabilidade sobre seus ombros, e o jovem de 21 anos é atualmente o maior artilheiro do Brasil no Torneio de Qualificação Olímpica #1 em Granollers, com oito gols.

Mas o Brasil enfrenta um jogo decisivo contra a Espanha, com um cenário de vitória obrigatória contra os anfitriões, na última partida em Granollers, e Monte da Silva certamente será um jogador crucial para o Brasil, caso a equipe sul-americana busque uma vaga em Paris 2024.

“Estou incrivelmente honrado por estar aqui e representar o Brasil. A qualificação para as Olimpíadas é enorme para qualquer jogador, temos sonhado com isso e conversado sobre como podemos conseguir. É claro que é difícil, porque enfrentamos equipes fortes, mas estamos fazendo tudo para manter o sonho vivo,” diz o ala esquerdo do Brasil.

“Eu assistia aos Jogos Olímpicos no Rio, em 2016, e pensava no que seria necessário para estar lá uma vez, portanto agora, que tenho essa chance, espero que possamos nos qualificar.”

Com sua carreira apenas começando, Monte da Silva pode ter sua primeira chance agora. Mas, com a promessa e a qualidade que ele mostrou até agora, seria difícil não acreditar que esta pode ser apenas a primeira vez que o Brasil pode contar com uma futura estrela para criar algo em quadra que ajude sua causa.